quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um novo capítulo na "novela" do Teatro Municipal

Aproximadamente um mês atrás eu postei aqui no blog o meu artigo sobre o Teatro Municipal de Cascavel que foi publicado no Jornal Hoje. A repercussão foi muito boa. As autoridades competentes entrarem em contato comigo a fim de esclarecer tudo que ainda estava obscuro. As informações que eu recebi foram material para um novo artigo, que tem a finalidade de esclarecer os gastos que envolvem essa LONGA e CARA obra. O artigo-resposta foi publicado hoje no mesmo Jornal Hoje. Confiram aí:



O mais legal de tudo isso é perceber que as autoridades estão "antenadas" e que basta as pessoas reclamarem, reivindicarem e questionarem tudo o que lhes parece errado para que as coisas comecem a ser esclarecidas. Esperar de braços cruzados pela solução das coisas é o caminho certo para o declínio de qualquer sociedade.

sábado, 8 de maio de 2010

@Mídia destaca a importância da comunicação nas mídias sociais

Durante os dias 29 e 30 de abril o anfiteatro da Faculdade Assis Gurgacz foi palco para discussões sobre mídias sociais no evento @Mídia. Os palestrantes André Telles, Maiara Bastianello, Ana Maria Brambilla e Patrícia Wypych falaram sobre a importância de se aliar às mídias sociais para realizar uma comunicação eficiente.

Na noite de abertura, André Telles, CEO da Mentes Digitais e autor dos livros “Orkut.com” e “Geração Digital” fez um passeio por praticamente todas as mídias sociais existentes, explicando cada uma e como deve ser o seu uso, com destaque para o Twitter. Sobre ele André afirmou: “é preciso criar um personagem corporativo”. Na sequência a jornalista da Band News FM, Maiara Bastianello apresentou formas de utilizar as mídias sociais para obter informações que possam auxiliar o trabalho jornalístico.

Quem iniciou o evento na sexta-feira foi a publicitária e coordenadora de Mídias Sociais e Planejamento da Savannah Comunicação, Patrícia Wypych, que explicou como as empresas estão inseridas nas novas mídias e como lidam com o consumidor. “Estar em sintonia com o consumidor e construir uma relação de respeito é transparência são fatores primordiais”, afirmou ela. Logo em seguida foi a vez da jornalista e editora de Redes Sociais do Portal Terra para o Brasil e a América Latina, Ana Maria Brambilla subir ao palco e destacar a importância da criatividade. “Temos que encontrar maneiras diferentes de colocar o conteúdo nas mídias sociais para não fazer parte do “ruído” que se forma ali”.

Um assunto que está diretamente ligado com as mídias sociais é a “privacidade” dos usuários com relação à divulgação dos dados pessoais na internet. Em relação a esse assunto a estudante de Jornalismo, Alexia Gabrielly Mondadori se diz favorável. Ela acredita que a pessoa só divulgará aquilo que deseja que os outros vejam. Alexia confessa que costuma divulgar suas fotos em redes sociais, mas que sempre omite dados que possam informar a sua localização como endereço e telefone. “É preciso ter cuidado com o material que divulgamos”, conclui.

Já o estudante de Jornalismo, João Diego Machado, 18 anos, possui uma opinião diferente. “Depende. É bem relativo. Depende da forma como vai ser divulgado e também do conteúdo.” João ainda cita o aspecto político deste assunto. “Os políticos deviam ter toda a vida divulgada na internet”. Particularmente, ele diz que divulga apenas dados profissionais, como a faculdade onde estuda e a empresa onde trabalha, mas também evita publicar dados como endereço e lugares que freqüenta.

Lougan Manzke é professor e tem 22 anos. A opinião dele, assim como a do João também é intermediária. “Depende do tipo de dado que será divulgado”. Para ele os dados como RG e CPF só devem ser fornecidos em último caso. “Esses dados são muito íntimos. É quase como a cor da roupa de baixo. Eu não preciso do CPF de alguém para fazer nada.” Lougan não vê problema em divulgar dados como idade, sexo e pretensão profissional. “Esses dados são essenciais”, afirma.

O jornalista Vinicius Schreiner, 29 anos, é absolutamente contra a divulgação de dados pessoais na internet. “Eu acho que tem coisas que não precisam ser divulgadas publicamente. É muita exposição.” Vinicius acredita ainda que a divulgação massiva que as pessoas fazem da própria vida na web fez com que o “mistério” de conhecer a outra pessoa se perdesse. “Não tem graça. Já está tudo exposto na internet”. O único dado que ele diz publicar é o e-mail.

sábado, 1 de maio de 2010

Sobre o Big Brother Brasil


Graças a Deus o pesadelo já acabou. Pelo menos por esse ano. Mas, vale a pena publicar esse texto por que ele expressa bem o que eu sinto em relação ao programa. É uma tentativa de previnir a população para as próximas edições (que, infelizmente, eu sei que virão).

O texto é (supostamente) de autoria de Luis Fernando Veríssimo.
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A vergonha

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa: ir ao cinema, estudar, ouvir boa música, cuidar das flores e jardins, telefonar para um amigo, visitar os avós, pescar, brincar com as crianças, namorar ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

 
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