segunda-feira, 30 de maio de 2011

Intercom Sul 2011. De onde vem, será que tem mais também?

A preparação começou em abril: inscrição paga com antecedência pra garantir a presença; caça ao (micro) ônibus mais barato; técnicas avançadas de convencimento para conseguir que os chefinhos me liberassem por dois dias úteis. O final de maio que parecia tão longe, de repente, chegou. E lá estava eu, às 7h30 da manhã, na frente da FAG, lutando contra um vento cortante, típico de Cascavel. 



A viagem durou +- 7h, com direito a uma parada no Shopping Cidade de Maringá pra almoçar. Chegamos em Londrina e fomos direto para o Teatro Cine Ouro Verde (muito bonito, por sinal) e fizemos o credenciamento, recebendo crachá, pastinha e tudo o mais. A abertura do evento aconteceu na noite do dia 26, também no teatro e mais de 1.000 sonhadores (talvez) estavam presentes.


Com o título "A pesquisa em comunicação no Brasil: não precisamos mais ter medo do contágio", a palestra com a Profa. Marialva Carlos Barbosa foi impressionante. É nessas horas que eu percebo o quão pequena sou nesse mundinho da Comunicação e do Jornalismo. Duas frases ditas por ela me despertaram maior interesse:

Pensar a comunicação é pensar a construção de espaços comuns;
Conhecimento deve produzir humildade e não pretensão.




Outro que também fez uso das palavras foi o Dr. Antonio Carlos Hohlfeldt, presidente da Intercom - que apesar do ar de seriedade, foi bem descontraído no discurso. Destaco a fala final dele, que certamente representa muito pra mim e pra todos os colegas aspirantes a jornalistas:

Chega de informação, nós queremos comunicação!



Não posso deixar de registrar que fiquei absolutamente impressionada com o talento/dom/dedicação de um grupo de "mocinhas da cidade", que encantaram a nossa noite com apresentações revigorantes de acordeon. Lindas (e lindo)!




No 2º dia pude assistir algumas apresentações de trabalhos bem interessantes. Bateu aquele arrependimento por não ter inscrito nenhum. Mas, ao mesmo tempo percebi que tem bastante gente preparada por aí... A concorrência não está pra brincadeira - e nem eu. Reparei que pouquíssimos trabalhos inscritos tinham relação com o Jornalismo Esportivo, o que me motivou a persistir nesse tema para o meu TCC.

A noite foi chegando e com ela a expectativa de assistir a palestra com Sandro Dalpícolo e Laura Rejane. A primeira não pode nem ser descrita como palestra. Foi mais uma aula, muito bem dada sobre a história do telejornalismo paranaense, que aliás é o tema do livro "Uma nova luz na sala", que eu infelizmente não tive a sorte de ganhar :(

Foram aproximadamente duas horas de um bate-papo descontraído, riquíssimo em conteúdo e, acima de tudo, em humildade. O Sandro se colocou quase como um amigo, que por ter anos-luz de experiência a mais, sabe nos dizer o caminho certo a seguir e como conquistar a bagagem necessária para não desistir no meio desse caminho. Até eu, que todos sabem, não sou apaixonada por TV, adorei todas as histórias que ele compartilhou com a gente.





 


Logo em seguida, a coordenadora do projeto "Passaporte SporTV", Laura Rejane, nos contou tudo sobre a seleção dos novos talentos feita pelo canal. Meus olhinhos brilharam, mas foram ficando ofuscados... É o difícil dilema com o qual eu sempre me deparo: trabalhar com jornalismo esportivo, mas não gostar de TV :( 





O sábado e último dia do evento foi pra fechar com chave de ouro, mesmo! Sergio Vilas Boas ministrando oficina sobre como pensar e escrever perfis. Uma delícia! É a essência do jornalismo: lidar com pessoas e contar histórias sobre elas. Foram três horas, que mais pareciam 30 minutos, devido a didática e dinamismo com que o Sergio nos apresentava cada um dos tópicos da oficina.




Já sinto saudades, quero mais e ano que vem estarei lá :)

 
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