sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Debate na Rádio FAG | Tema: Capitalismo verde

A disciplina de rádio deste semestre trouxe muitas surpresas boas. Com os ensinamentos e a orientação do sempre competente Claudemir Hauptmann, produzimos dois debates. O primeiro, gravado, sobre o Adolescente na Segurança Pública e o segundo, ao vivo, sobre Capitalismo Verde. 

Este segundo, que eu apresento hoje pra vocês, foi sem dúvidas o mais desafiador no quesito produção, função que era de minha responsabilidade junto com a Simone Lima. Isso porque, apesar das insistentes tentativas e ligações, não conseguimos trazer para o estúdio nenhum empresário que pudesse falar sobre o "outro lado da moeda" do Capitalismo Verde. Ainda sim, o debate foi interessantíssimo e, em alguns momentos, "pegou fogo". 

Quero agradecer demais os convidados, que prontamente aceitaram nosso convite e enriqueceram imensamente a discussão sobre o assunto: secretário de Meio Ambiente de Cascavel Luiz Carlos Marcon, o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) Elio Nethsun, o jornalista e diretor da Subseção de Cascavel do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor) Julio Carignano e o professor da rede pública estadual e representante do Instituto Latino-Americano de Sustentabilidade e da Revista Teia Ecológica Edson Gavazzoni.


Da esquerda para a direita: Edson, Elio, Marcon e Julio

Ouça o debate aqui e deixe seus comentários! 
(Pode demorar um pouco para carregar, mas vai...)

1º bloco - Mediadora: Jéssica Moreira







2º bloco - Mediadora: Maria Fernanda





sábado, 12 de novembro de 2011

Capitalismo verde, o assunto para não debater

Algumas semanas atrás, tive uma experiência bem decepcionante na minha vida acadêmica, que me fez perceber - ou talvez apenas confirmar - qual é o 'mecanismo' por trás da mídia cascavelense. 

Capitalismo verde. Esse foi o tema escolhido para um debate radio jornalístico que deveríamos promover. Minha função era encontrar personagens interessantes e que pudessem debater de forma saudável o assunto. Logo pensei nos 'ambientalistas' - se é que assim podemos chamá-los - e também no outro lado da moeda, os 'capitalistas'. O primeiro grupo foi facilmente contatado e aceitou com prontidão o convite. Já o grupo seguinte foi o que podemos definir de frustrante. Foram vários dias tentando convencer grandes empresários da cidade a participar, para que eles pudessem demonstrar que o capitalismo pode sim ser verde e para que, da nossa parte, os dois lados tivessem voz. Ingenuidade minha. Infelizmente, como disse um dos nossos convidados durante o debate, o capitalismo para eles é verde sim. Verde de dinheiro! 

Catuaí, Super Muffato, Super Beal, JL e diversas outras empresas da cidade recusaram - com educação, é verdade - o nosso convite. O que me deixou realmente intrigada é que eu, no alto da minha imaturidade jornalística, não compreendia porque eles desperdiçavam a oportunidade que ofertávamos à eles de se defender, de mostrar as ações sustentáveis que praticam e até mesmo de se promover como empresa ecologicamente correta. Tudo isso estava ali, entregue de bandeja. 

Mas, logo depois lembrei daquele ditado: quem não deve, não teme. E, quem diria, eles temeram... Afinal, o que um simples debate rádio jornalístico acadêmico poderia mudar em suas vidas? Nada, é verdade. Sabemos que não temos nenhum poder de expressão como os grandes veículos de comunicação na cidade. E com esses eles não se preocupam mais. São carta fora do baralho. Ou seriam a 'carta na manga'? A maioria dos convidados que se recusou a participar do debate tem algum 'rabo preso' e também tem grande influência sobre a imprensa cascavelense. Mas, é claro que isso é apenas coincidência! Uma bela coincidência que foi revelada durante o debate, por aqueles que não temeram e estiveram lá, discutindo aquele que é o 'lema' de toda empresa que se preze. 

Simplesmente recusaram o convite e acreditaram que assim o assunto estaria morto. Agora a ingenuidade foi deles. Certamente não haverá nada nos jornais, nos noticiários da TV ou nos boletins dos rádios. Mas, nesse pequeno espaço que me resta, longe da invisível censura política que predomina na cidade, registro a minha profunda decepção. Decepção por acreditar que o jornalismo pode, um dia, ser livre. Decepção por acreditar que as pessoas que podem fazer algo relevante pelo planeta estariam preocupadas com isso. Decepção por ainda me indignar diante daquilo que não julgo correto, ainda que isso seja um ato solo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Foto do internauta - Gazeta do Paraná #4

Post rapidinho só para registrar mais uma foto minha que saiu na Gazeta do Paraná, dessa vez denunciando um "super buraco" na Rua Cuiabá, por onde eu passo todos os dias. O mais legal é que no mesmo dia que a publicação saiu (sexta-feira, 04 de novembro) eu passei novamente pelo buraco e ele estava tapado :) 

Com minha ajuda ou não, o que importa é que o problema foi resolvido!




domingo, 23 de outubro de 2011

6 anos ♥

"Nada é melhor do que amar você. Saber que sempre terei você por perto, sentir aquela mistura de sensações que sentimos quando estamos apaixonados, olhar em teus olhos e ver que isso não é um sonho! Ficar horas e horas pensando em como você me faz feliz e tentando descobrir por que eu não te encontrei antes. Imaginar como será daqui pra frente e acordar todos os dias com a certeza de que nada vai nos separar, porque amor quando é de verdade, dura pra sempre."

Isso eu escrevi quando completamos 3 meses de namoro.
Hoje estamos comemorando 6 anos juntos e eu não mudaria nem uma vírgula de tudo o que escrevi ali, 5 anos e 9 meses atrás.


A gente era mais ou menos assim no começo :)

Obrigada por tudo!
Eu te amo, Willian Josefi Guetter.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Steve Jobs e a maçã que mudou o mundo

Não sei se já falei aqui do site da Agecin. Idealizado pelo professor Ralph Willians e alimentado pelos acadêmicos do curso de Jornalismo da FAG, a ideia do site é ser um portal de comunicação (ao menos para a região Oeste do Paraná). A missão não é das mais simples, mas todo o conteúdo do site está bem bacana até agora.

Essa semana produzi uma reportagem para a editoria Agetech e nada mais tecnológico do que os produtos da Apple, né? Como a 'pauta' da semana foi a morte do Steve Jobs, resolvi tentar trazer isso para um contexto local...

Clique aqui e dá uma olhadinha em como ficou:



terça-feira, 4 de outubro de 2011

Jornal Interativo

As matérias que publiquei nos últimos dias aqui no blog foram produzidas para o nosso projeto acadêmico impresso deste semestre: o Jornal Interativo. A cada edição mudamos de função e ao final das oito edições todos os acadêmicos terão passado pela pauta, reportagem, fotografia, edição e revisão, diagramação e distribuição. 



As edições que estão circulando agora são a 3ª e a 4ª e foi pra elas que eu produzi reportagens. Para a 3ª edição a matéria foi É inverno ou é verão?. Já para a 4ª edição fiz produção em dobro: Quantidade e qualidade não andam juntas na Câmara Municipal (matéria de capa) e O "espalha brasa" dos ringues.

O jornal tem distribuição gratuita e você encontra exemplares em supermercados, farmácias e na FAG :)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O “espalha brasa” dos ringues

A primeira impressão que se tem ao olhar para Júlio Fabrício Cauan da Silva Wolski é de um garoto tímido, miudinho e bem tranquilo. Bom, tímido ele até é, mas miudinho e tranquilo nem tanto. Com apenas 17 anos, o boxeador cascavelense já demonstrou força e coragem inúmeras vezes nos ringues, é um dos destaques paranaenses na modalidade e promessa de ótimos resultados no Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino. Isso mesmo! Em janeiro deste ano, Julio venceu a etapa seletiva para o Brasileiro, que acontecerá entre os dias 02 e 09 de outubro em Vila Velha, Espírito Santo. 

A rotina de treinos e a dedicação justificam a ascensão meteórica do garoto no esporte. Há dois anos e sete meses ele decidiu trocar as partidas de futebol pelo boxe. “Eu sempre jogava futebol com os amigos aqui no Ciro Nardi. Aí um dia vi a academia de boxe ali e resolvi experimentar”, conta. São quatro horas de treino por dia, de segunda a sábado, com direito a fazer alongamento, pular corda, fazer musculação, ginástica e ainda o treino técnico no ringue. E não para por aí. “Também treino em casa, antes de ir para o colégio, com o saco de areia e alguns pesos que tenho lá”, revela. Tudo para aprimorar a técnica. 

Aliás, técnica o garoto tem de sobra! E quem afirma isso é o treinador e grande campeão, Rubens San. “Ele pode parecer fraquinho, mas não é! Tem força e sabe bater no lugar certo. Não é a toa que ganhou o apelido de “espalha brasa”. Quando ele luta é isso que acontece mesmo. Parece que sai faísca”, revela, justificando o apelido que Júlio recebeu. 

Antes de conseguir a classificação para o Campeonato Brasileiro, Júlio também participou de outras competições: Paranaense de 2010, Catarinense de 2010, Torneio entre Cascavel e Marechal Cândido Rondon em abril de 2010 e Torneio entre Foz do Iguaçu e Cascavel em junho de 2010. Foi campeão em todos eles na categoria Peso Galo, para atletas até 54 kg. Entre elas, a vitória mais marcante foi conquistada no Campeonato Catarinense de 2010. Isso porque o pai não estava presente para ver a luta, o que motivou o garoto a vencer. 

Preparo físico, técnica, força, agilidade e coragem. "Não pode ter medo do adversário”, afirma Julio. Esses são os valores que guiam os treinamentos do “espalha brasa”, que sonha em ser profissional no esporte e tem como ídolo e inspiração o campeão mundial Éder Jofre. “Ah, esse menino vai longe! Ele é muito educado, tem boas notas, tem vontade de lutar e não tem vícios, não comete extravagâncias”, elogia Rubens San. 

Antes de disputar o Brasileiro, Júlio e os outros atletas cascavelenses vão participar do Desafio Paraná x São Paulo, que acontece dia 24 deste mês na cidade paulista de Tupã e é uma etapa preparatória para a competição nacional. Vamos torcer para que o “espalha brasa” continue dando muito trabalho para os adversários e traga o título brasileiro para Cascavel!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quantidade e qualidade não andam juntas na Câmara Municipal

No mês passado, o Observatório Social (ONG que fiscaliza o poder público) lançou uma campanha contra o projeto que prevê o aumento de vereadores em Cascavel, de 15 para 21. Vários outdoors, panfletos e listas com abaixo-assinado foram espalhados pela cidade. O Dr. Gilceo Kein é o responsável jurídico da ONG e explica que um dos objetivos da campanha é reduzir os gastos do Poder Legislativo Municipal. "Uma das formas para fazermos isto é a manutenção do número de 15 vereadores. Cada vereador tem seis assessores e se ocorrer o aumento para 21, teremos automaticamente mais 36 assessores", explica.

O objetivo da ONG é propor uma emenda a Lei Orgânica para derrubar a proposta. "O fato é que o Poder Público não produz nenhuma riqueza e sim retira recursos compulsoriamente da sociedade. O número de vereadores não influencia no trabalho que o Legislativo Municipal desenvolve", conclui o Dr. Gilceo.

Será que aumentar o número de cadeiras é a solução? Foto: Maycon Corazza


Mas, o quê os cidadãos cascavelenses acham desta campanha? Até a tarde do dia 12 de setembro mais de 16.000 assinaturas contra o aumento dos vereadores já haviam sido protocoladas na Câmara Municipal de Cascavel. A escriturária Elieda Rosana Colombo, 48, foi uma das pessoas que colaborou para a campanha. "Assinei sim, porque o número de vereadores que temos hoje para o porte de Cascavel é suficiente. Isso que eles ainda nem fazem o quê deveriam fazer. Mais gente lá, é mais gente sem fazer nada. Poucos trabalham de verdade. Sem falar que o aumento traria mais gastos para o município. Acredito que temos outras prioridades maiores do que pagar salário de vereador”, opina.

O auxiliar de escritório Havner Saymon, 22, também é favorável a manutenção do número de vereadores. “Se os 15 vereadores existentes hoje pouco fazem por Cascavel, não são 21 que vão fazer mais e melhor.” Além disso, Havner também questiona o trabalho realizado pelos atuais vereadores. “Os 15 vereadores que existem fazem e votam seus projetos na surdina, sem que ninguém saiba. Eles não expõem os projetos para a população. Afinal, os vereadores poucos sabiam o que iriam votar quando foi pedida a investigação do fato que colocou em xeque o mandato do prefeito, já acharam que era o impeachment quando na verdade era apenas uma investigação. Então, por que aumentar? Se 15 não sabem o que estão fazendo, imagina 21”, analisa.

Apesar do grande número de pessoas que assinou o documento, muitas ainda ficaram de fora. Ou por não estarem sabendo da campanha ou por não terem acesso. É o caso da auxiliar financeira Adriana Aparecida dos Santos, 29, da autônoma Fernanda Favarin Retcheski, 20, e da acadêmica de Jornalismo Jéssica Tavares, 21. Todas elas disseram que assinariam o documento se tivessem acesso a ele. “Pra quê colocar tanto vereador lá?”, é a indagação delas.

Uma opinião quase unânime entre as pessoas que apoiaram a campanha é de que o dinheiro público precisa ser mais bem investido. A publicitária Fernanda Marques, 26, destaca algumas áreas como prioridade. “O aumento no número de vereadores é só pra ficar mais político sem fazer nada e faturando dinheiro público. Esse dinheiro deve ser usado para melhorias na cidade: saúde, educação, infraestrutura. Acho que já tem gente o bastante para executar as tarefas estabelecidas. Acho ridículo que os vereadores se defendam dizendo que é preciso aumentar o número para melhorar a representatividade na Câmara”, afirma.

Há também aqueles que apoiam o aumento no número de vereadores. Afinal, o que parece ruim para a população pode ser bom para os políticos, ou aos que pensam em entrar na carreira um dia. O publicitário Tiago Menon, 25, não aderiu à campanha pensando no futuro. “Um dos motivos que me levou a não assinar o documento é porque ainda pretendo me candidatar a vereador um dia e acho que com o aumento de cadeiras teria mais chances de me eleger”, revela.

Assim que todas as assinaturas forem protocoladas a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores fará a votação da proposta. Se for aprovada até o dia 05 de outubro ela terá validade já para as próximas eleições. “A população precisa estar presente no dia a dia da sociedade, participando das mobilizações que são feitas. O brasileiro ainda não entendeu que o Estado existe para servir o cidadão e não como ocorre hoje, quando se vê diariamente o Estado servindo-se do cidadão”, alerta o Dr. Gilceo Kein.

Outras cidades do Paraná já debateram o assunto e decidiram manter o número atual de vereadores. É o caso de Maringá, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu, Medianeira, Cambé, Santo Antônio da Platina e Agudo do Sul. 

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Leia mais sobre isso no blog Ponto de Observação.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

É inverno ou é verão?

Nos últimos meses, o cascavelense se acostumou a sair de casa de manhã e ter que levar casaco e guarda-chuva. Afinal, está difícil saber de quanto será a variação na temperatura no decorrer de um único dia. Em agosto parece que presenciamos as quatro estações do ano. 

Essa sensação pode ser explicada pelas mudanças bruscas na temperatura. A Estação Meteorológica Davis Vantage Pro 2, localizada no Parque São Paulo registrou a mínima de 02,6ºC e a máxima de 30,8ºC em Cascavel no mês de agosto. 

Foto: Simone Lima
De acordo com o climatologista Lucas Fumagalli, a circulação de massas de ar explica as mudanças de temperatura na cidade. "No inverno, o avanço das massas de ar frio são mais frequentes e intensos na nossa região, devido à baixa radiação solar no hemisfério." Outro fator que colabora para as alterações do frio para o calor em pouco tempo é a localização de Cascavel. "A nossa região é uma zona de transição entre o clima tropical e o clima temperado, por isso é comum a grande variação de temperatura", afirma Lucas. 

Quem acaba sofrendo com isso é a nossa saúde. Junior Cezar Davantel, 24, conta que, em decorrência de um transplante de córnea e de alguns pontos que têm no olho, as mudanças na temperatura causam irritação, coceira e ardência. “Tenho que usar colírio se quiser ficar com os olhos abertos.” Além disso, quando o clima fica seco de uma hora para outra, Junior também sofre com a rinite alérgica. “As vias nasais ficam trancadas, com muita coriza e eu espirro bastante. Isso incomoda muito. Fica bem ruim trabalhar desse jeito”, revela. 

Jenisson Rotter Bearzi, 23, também não gosta das mudanças na temperatura. “Tenho rinite, meio crônica e meio alérgica. Cada vez que o tempo fica nesta indecisão de amanhecer frio, esquentar a tarde e esfriar a noite eu fico com o nariz entupido, a garganta doendo, coceira nos olhos, tosse, espirro, indisposição e um pouco de falta de ar”, conta. 

Com mais de 18 alergias já diagnosticadas, Bruna Lima, 20, sente agravar a rinite asmática com as alterações na temperatura que deixam o clima seco. "Chego a ficar sem ar, meu nariz arde muito, às vezes sangra e meus olhos geralmente ficam inchados", descreve. Para amenizar os sintomas causados pela combinação da rinite com as mudanças climáticas, Bruna tem alguns truques. "Durmo com toalhas úmidas na cabeceira da cama, faço uma solução de água, sal e bicarbonato de sódio para lavar a parte interna do nariz com uma seringa e lavo o rosto várias vezes ao dia". 

Mas, no mês de setembro poderemos respirar mais tranquilos. "Este mês a radiação solar aumenta bastante, com a aproximação da primavera. Assim, aos poucos, as massas de ar frio perdem força sobre o continente e se tornam mais fracas", adianta Lucas. Será que, enfim, poderemos aposentar os casacos?


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Foto do internauta - Gazeta do Paraná #3

Sou mulher. Logo, não dirijo perfeitamente bem (infelizmente a máxima machista é verdadeira). Mas, não sou mal educada no trânsito. Desde que me tornei uma motorista, a pouco mais de um ano, já presenciei cada bizarrice nestas ruas malucas de Cascavel! Poucos praticam o ato de 'dar a seta' e menos ainda a boa vizinhança.

Eu costumo ser bem tranquila com relação à isso. Pra algum motorista espertinho me tirar do sério é bem difícil. Mas, tem algumas atitudes que eu simplesmente não entendo. Dia desses, chegando ao trabalho, percebi que havia um carro estacionado em frente à entrada do nosso estacionamento, bloqueando a passagem. De longe fiquei com dúvidas, mas ao me aproximar vi que a falta de educação e bom senso eram reais. Não resisti e fotografei. Fotografei a placa do carro também, caso ele permanecesse ali por muito tempo e me forçasse a estacionar do lado de fora o dia inteiro.

Essa brincadeira de que "tudo que é proibido é mais legal" já cansou, né? O 'indivíduo' tinha a quadra inteira para estacionar, mas escolheu um dos únicos lugares em que isso era ilegal. Espero que ao ver a foto no jornal ele tenha, pelo menos, se envergonhado.



Saiu na Gazeta do Paraná do dia 02 de agosto.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O aniversário é do Greenpeace, mas a comemoração é dos transgênicos

26 de abril de 1990. Angra dos Reis estava em luto. Era possível avistar centenas de cruzes afixadas no pátio da usina nuclear lembrando o trágico acidente em Chernobyl, que tirou a vida de 800 ucranianos quatro anos antes. Mas, o clima fúnebre trazia consigo um restinho de esperança. O gesto representava o início do Greenpeace no Brasil e demonstrava alguma preocupação com o meio ambiente. 

Ações proibitivas e polêmicas a parte, o fato é que este ano comemoramos o 19º aniversário verde-amarelo do Greenpeace e o Paraná parece não ter tantos motivos pra comemorar. O discurso firmemente bradado por aqui desde meados de 2000, até agora não surtiu efeito. Apesar do esforço, a ONG não obteve resultados consideráveis na luta contra os organismos geneticamente modificados (OGMs). 

Em outubro de 2003, a Assembléia Legislativa Paranaense aprovou a Lei 14.162/03, que proibia a manipulação, industrialização e comercialização de produtos transgênicos em todo o Estado. Porém, em dezembro do mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal deferiu medida liminar em ação direta de inconstitucionalidade que suspendeu a lei. Era o empurrãozinho que faltava para que os agricultores daqui apostassem definitivamente nas promessas de redução de custo e aumento da produtividade disseminadas pelos transgênicos. 

No final de fevereiro deste ano, foi divulgado o relatório anual do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês) e o Paraná é o terceiro estado brasileiro que mais plantou sementes geneticamente modificadas em 2010, atingindo uma área total de 4,8 milhões de hectares. 

A tese defendida pelo Greenpeace de que a resistência que as sementes transgênicas têm em relação aos agrotóxicos colocaria em risco a saúde humana; e, de que o uso de agroquímicos decorrentes do plantio de transgênicos ameaçaria o futuro da biodiversidade agrícola, parece não ser suficiente para sensibilizar os agricultores. 

Há quatro anos, Marcus Rabaiolli começou o plantio de soja transgênica em suas propriedades de Santa Helena (PR) e Dourados (MS). “A semente transgênica deixa a la-voura mais limpa, o manejo é mais simples e mais eficiente também”. 

A semente transgênica é fornecida pela multinacional americana Monsanto, que estipula uma cobrança de royalties de R$ 0,44 por quilo para uso da semente geneticamente modificada, o que torna o custo mais alto em comparação com a semente convencional. Assim, a vantagem econômica apontada pelos agricultores diz respeito à redução no uso de venenos e de combustível para o maquinário. 

Luciano Grando possui 14 hectares de terras em Alto São Salvador, distrito de Cascavel (PR) e cultiva apenas soja transgênica. “Ah, é muito melhor! Usa muito menos veneno e também não prejudica as máquinas”. 

No contexto geral dos transgênicos, fica nítida a divergência de opiniões entre agricultores e ambientalistas. Enquanto uns afirmam que “os transgênicos não fazem mal, não. Isso aí é tudo conversa”, outros apontam grandes problemas causados por eles, como contaminação genética e sérias ameaças à biodiversidade. 

O grande vilão de toda a história é o glifosato, ingrediente ativo do veneno Roundup, que é produzido pela Monsanto para ser utilizado nas lavouras de transgênicos. O argumento dos agricultores é baseado na classificação toxicológica do produto. O Roundup é “faixa verde”, o que indica que é pouco tóxico. 

Mas, o Greenpeace alerta que “as culturas transgênicas são resultado de tecnologia imprecisa, com consequências imprevisíveis e que oferecem riscos ao meio ambiente” e que “o Roundup destrói desnecessariamente plantas inofensivas. Isso pode levar à diminuição da diversidade das plantas silvestres, com consequências danosas para os animais que dependem delas.” 

Neste duelo ideológico entre a ONG e o agricultor paranaense não é possível definir um vencedor, mas o grupo dominante apresenta alguns aliados. Dorival Vicente é pesquisador da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola, Tecnologia da Nossa Terra (Coodetec) e defende a posição dos agricultores. “A transgenia é uma ferramenta para o agricultor aumentar a produtividade, manter seus custos e produzir alimentos seguros.” 

Manifestações, fiscalização e muita pressão. Até agora nada disso foi suficiente para o discurso do Greenpeace convencer o Paraná a desistir dos transgênicos. Mas, quem sabe daqui a 19 anos a situação seja diferente.

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Essa é a matéria que eu e o Allan Machado produzimos para a Revista EcoVerbo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Boletim de Comunicação Interna - SESC Cascavel

Esse foi o nosso projeto experimental (que pretendemos tornar definitivo) para a disciplina de Assessoria de Imprensa, ministrada pela professora Mariara Silva. Foi com ele que ganhamos - eu, Marcele Antonio, Tátila Pereira e Bruna Dessbessel - o prêmio na categoria Assessoria de Imprensa do Seminário de Práticas Jornalísticas da FAG este ano!

A ideia é simples e funcional: estreitar a comunicação entre os funcionários do SESC de Cascavel, que são aproximadamente 30 e se dividem em vários setores.

O boletim (em tamanho A4, frente e verso) terá periodicidade mensal e a matéria prima principal seriam as boas histórias dos próprios funcionários. Contaremos um pouquinho sobre eles em cada edição e, claro, incluiremos também as informações pertinentes à rotina deles dentro do SESC.

Além disso, também pensamos em organizar um 'media training', já que o SESC sempre rende pauta e diversos funcionários concedem entrevistas à imprensa.

Essa é a 1ª edição:




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Revista EcoVerbo

Antes de qualquer coisa eu preciso confessar que falar sobre meio ambiente sem parecer clichê e sem assumir uma posição de 'ambientalista radical' é bem difícil. O tema em si não parece atrair muito os leitores, mas eu e os outros colegas do 5º período de Jornalismo da FAG aceitamos este desafio proposto pelo doutor Silvio Demétrio.  

A revista Verbo, que tradicionalmente é produzida pelos acadêmicos da FAG na disciplina de "Jornalismo de Revista" há mais de 5 anos, este ano ganhou tema, prefixo e cara nova. Cada dupla/grupo ficou responsável por pautar e produzir uma matéria ou reportagem e eu, a Jéssica Moreira e o Douglas Fernando fizemos a diagramação - modéstia parte - desta belezinha, que vocês podem ler agora:




Só pra constar, a reportagem que eu produzi fala sobre o aniversário do Greenpeace brasileiro e como a luta da ONG contra os transgênicos, mesmo depois de 19 anos, ainda não surtiu efeito por aqui. Está na página 30 :)

Boa leitura ;)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

D+E².C+C.H³ = PRÊMIOS!

O mês de junho de 2011 foi, sem dúvidas, um dos mais atípicos destas minhas (quase) duas décadas de existência. Em um misto estranho de preocupação, raiva, cansaço e felicidade, eu repensei inúmeros aspectos da minha vida (principalmente acadêmica) e cheguei à conclusão de que é exatamente isso que eu quero pra mim. 

Toda a história começou na noite do dia 31 de maio, quando foi divulgada a relação dos finalistas do 16º Prêmio Sangue Novo do Jornalismo Paranaense, e lá estávamos nós, concorrendo na categoria Telejornal Laboratório com o Jornal do Quarto, produzido por todos os acadêmicos que hoje estão no 5º período de Jornalismo da FAG. Eu custei a acreditar que estávamos na final. Até porque, presenciei toda a produção e em determinado momento ela me parecia um pouco bagunçada e sem foco, apesar de que o resultado final ficou muito bom. Outro finalista da mesma categoria também era da FAG. Dessa vez, da minha "ídola", uma das pessoas mais sinceras, verdadeiras e competentes que eu já conheci na minha vida: Jéssica Moreira. Ela e toda a equipe da TV FAG produzem o programa Nossa Escola, e quando eu vi o nome dele entre os finalistas, fiquei ainda mais feliz! 

Depois de alguns dias de intensa euforia, era hora de planejar a viagem para Curitiba, onde aconteceria a premiação no dia 09 de junho. No roteiro estavam visitas à Gazeta do Povo, Sindicato dos Jornalistas, RPC TV e OTV. A galerinha da TV FAG fez um clipe bem bacana com os melhores momentos da viagem e assim eu vou economizar algumas palavras: 




Chegada a hora da premiação, fiquei incrivelmente surpresa ao ver que o meu chefe estava ali, no Canal da Música, assistindo a tudo. Sabe quando você faz um convite à alguém, mesmo sem esperanças de que essa pessoa compareça? Pois é, me enganei quanto ao meu chefinho (última foto à direita ali embaixo: Nanci, eu e o chefe, Gerti). Ele foi mesmo! E aí foi ainda mais legal receber o prêmio de 2º lugar com o Jornal do Quarto e ver a minha querida Jéssiquinha recebendo o troféu Sangue Novo com o programa Nossa Escola. 

Toda a galera comemorando os prêmios!           Fotos: Luiz Padilha







Como prova da minha "faceirísse", olha a entrevista que eu dei logo depois da premiação para a repórter do programa Plural, Marcele Antonio




É claro que eu não vou deixar de agradecer ao professor Luiz Sonda, que orientou os dois trabalhos vencedores e vem ganhando a minha profunda admiração a cada dia. Valeu capitão! 

E as nossas comemorações não param por aí. Isso porque essa conquista teve repercussão aqui em Cascavel: outdoors, anúncios e matérias em jornais e matéria no site da FAG.  Estou me sentindo famosa hahahaha :D





Ainda tem mais comemorações e prêmios! Entre os dias 13 e 17 deste mês aconteceu o 1º Seminário Integrado de Práticas Jornalísticas e Publicitárias da FAG. Foi uma semana 'rock and roll', como diria meu adorável professor Claudemir Hauptmann. Eu concorri direta ou indiretamente com 6 trabalhos: síntese noticiosa de rádio Direto da Faculdade, rádiojornal Quinta Frequência, revista Espordivas, revista EcoVerbo, site Agecin e boletim interno de comunicação do SESC. Quando digo 'indiretamente' é porque alguns trabalhos foram desenvolvidos por toda a nossa turma e aí eu não me sinto tão presente. 

Só quem me conhece sabe o nível de preocupação, stress e ansiedade que eu suportei nesta última semana. E depois de tudo, eu só posso dizer que me senti recompensada. Fui premiada com 4 dos 6 trabalhos:

1º lugar na categoria Assessoria de Imprensa: boletim de comunicação interna do SESC, junto com as lindas Marcele Antonio, Tátila Pereira e Bruna Dessbessell.


Bruna, eu, Marcele, Tátila e a professora orientadora, Mariara Silva

2º lugares nas categorias Webjornalismo e Impresso: site da Agecin (com toda a galerinha do 5º período) e revista Espordivas, com a Jéssica Moreira, Marcele Antonio, Tátila Pereira e Simone Lima.


Site Agecin: Jéssica, Max, Marcele, Tátila,professor orientador Ralph Willians e eu

Espordivas: Eu, Marcele, Simone, Jéssica, jurada Poliana Haupenthal, professora Ana e Tátila

3º lugar na categoria Rádiojornalismo: jornal Quinta Frequência (com todos do 5º período).





Imagino que agora vocês estejam curiosos para entender o título desta postagem. Pode ser muita pretensão, mas essa é a minha "fórmula da vitória". Depois de tantas conquistas, eu posso afirmar que pelo menos alguns dos ingredientes para obter o reconhecimento estão ali...

 D+E².C+C.H³ = PRÊMIOS!

Determinação+Esforço².Criatividade+Competência.Honestidade³

 
Se tudo isso faz parte da sua rotina, pode ser que demore, mas um dia o reconhecimento vem.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O pensamento por trás da criação

Um trabalho que exige criatividade, sensibilidade, talento e é a cara dos jovens. O Design Gráfico tem encantado a chamada “geração Z” com o imenso leque de opções que oferece. É possível trabalhar em agências de web, agências de publicidade, jornais, produtoras culturais, estúdios fotográficos, escritórios de design gráfico ou mesmo como profissionais autônomos. 

E a agência de web e comunicação digital WX, de Curitiba, foi o destino do jovem Christopher Ibrahim, de 18 anos. O interesse pelas artes visuais surgiu cedo, quando ainda tinha 14 anos. “Um amigo, que já tinha experiência na área de criação gráfica, me mostrou alguns de seus trabalhos. Então uma coisa levou a outra. Conheci fóruns e comunidades independentes de Design Gráfico e Artes Visuais, onde qualquer pessoa interessada nas áreas poderia expor seus trabalhos e obter auxílio e críticas construtivas para aprimorar suas habilidades”, conta. 

Sem ter um estilo ainda muito definido, ele descreve seu trabalho como uma mescla de imagens e texturas que criam resultados visuais interessantes e distintos. “Cada trabalho é diferente. A temática escolhida depende de uma série de fatores, como por exemplo, o público para o qual será destinado e a mensagem que deve ser passada para este público”, explica. 


Dead Star


Hironobu Sakaguchiu


Smoking is good for health


Peace

Apesar de gostar da prática, Christopher conta que fotografa muito pouco para criar seus trabalhos. “A quantidade de imagens de qualidade disponíveis hoje em bancos de imagens (tanto gratuitos quanto pagos) é enorme. Isso faz com que a fotografia seja necessária somente para obter imagens muito específicas”

Pra desempenhar a função de designer gráfico é preciso mais do que conhecer as ferramentas de criação. É preciso pensar estrategicamente. Christopher explica que até que um trabalho gráfico seja finalizado, ele passa pelas etapas de definição da mensagem – que pode ser comercial, emocional, informativa. Depois é necessário pensar sobre como essa mensagem pode ser passada de maneira clara e objetiva, para que atinja seus receptores. Nesta fase geralmente é feita uma geração de alternativas e é escolhido o melhor conceito visual e também o melhor meio de comunicação para ser utilizado. Só a partir daí é possível iniciar o desenvolvimento final do projeto, que normalmente dura entre 3 e 8 horas, dependendo da complexidade do material. 

Mesmo com toda a exigência intelectual e apesar da área estar em plena ascensão, Christopher acredita que “as pessoas do nosso país ainda estejam descobrindo o valor de um bom design”.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Quem fotografa de tudo, não fotografa nada"

Da praia para a cidade. Da moda para a fotografia infantil. Ela tem só 22 anos e há três já fotografa profissionalmente. Com um trabalho diferente – e um nome também - Huaíne Nunes usa e abusa do poder das mídias sociais e mostra como é possível se destacar em meio ao turbilhão de novos fotógrafos que se lançam todos os dias. 


Nascida em Florianópolis (SC), Huaíne se diz uma “autêntica manézinha da Ilha, dessas que troca fácil qualquer programa para sair para comer um camarãozinho”. Apesar de não ter praias e camarão, Cascavel também conseguiu conquistar essa jovem fotógrafa, que mistura um pouquinho de moda e design para compor suas fotografias – que em pouco tempo passaram de hobby para profissão. 

Com a ideia de que “quem fotografa de tudo, não fotografa nada”, ela escolheu, quase por acaso, a fotografia infantil. “Fotografar crianças era algo natural, uma paixão que vinha de tempos. Crianças são muito transparentes, sinceras e espontâneas, o que sempre rende bons cliques.” 

É, mas os baixinhos também dão um certo trabalho, já que eles é quem ditam as regras nos ensaios. “Não existe ‘faça isso, faça aquilo’. Eu deito no chão, faço piada, brinco bastante e as fotos saem assim, do jeitinho que as crianças são.” 












Mas, nem só de fotografia infantil a Huaíne vive. “No início de 2011, fui pela primeira vez a um grande evento de fotografia em São Paulo, o Wedding Brasil – maior congresso de Fotografia de Casamento da América Latina. Nem preciso dizer que foi uma experiência maravilhosa. É muito bom saber que no Brasil há eventos desse porte, em que os novos fotógrafos podem se conhecer, socializar e, acima de tudo, aprender muito com os profissionais trazidos”, conta. 

Além de aprender, agora ela também ensina! Depois que concluiu o curso de especialização em Docência do Ensino Superior, a ‘Hua’ tentou unir as duas profissões. “Estou lecionando um curso de Introdução à Fotografia em Santa Helena, oferecido pela Tecnodill Cursos. O conteúdo foi todo montado por mim, observando as dúvidas mais frequentes que recebo dos meus leitores. E um episódio marcante foi a primeira aula que lecionei. Duas coisas estavam sendo postas à prova: meu domínio sobre fotografia e meu jogo de cintura como professora. Felizmente, a aula foi um sucesso. Sinto que nasci pra isso”, confessa orgulhosa. 

Todo o trabalho realizado por ela teve um grande aliado pra obter destaque em meio a tantos outros: a internet. Primeiro foi um Flickr, depois um blog, Twitter, Facebook e agora um site próprio, com a marca ‘Huaíne Nunes – Fotografia Infantil’. “A internet é uma ferramenta poderosíssima que se bem aproveitada e explorada, pode trazer muitos frutos. O segredo é ter um conteúdo relevante, manter a humildade e ter sempre uma postura profissional”, revela. 

Diferente de outros profissionais, Huaíne vê o crescimento do mercado fotográfico de forma muito positiva. “Primeiro porque o mercado fica mais abastecido de opções e de novos olhares criativos. Alguns fotógrafos veteranos têm um olhar mais “quadrado”, enquanto os jovens gostam muito de ousar e de quebrar regras. Segundo porque isso abre cada vez mais portas para os cursos superiores de fotografia, que ainda são poucos no Brasil, mas acredito que a tendência é aumentar”. 



"Submeto as minhas imagens à bem pouco tratamento. Apenas uma correção de tons e cores quando é necessária. Dou sorte em ter escolhido a fotografia infantil, pois crianças têm peles ótimas, o que faz com que eu passe bem menos horas na frente de um computador, do que se fotografasse casamentos."


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Intercom Sul 2011. De onde vem, será que tem mais também?

A preparação começou em abril: inscrição paga com antecedência pra garantir a presença; caça ao (micro) ônibus mais barato; técnicas avançadas de convencimento para conseguir que os chefinhos me liberassem por dois dias úteis. O final de maio que parecia tão longe, de repente, chegou. E lá estava eu, às 7h30 da manhã, na frente da FAG, lutando contra um vento cortante, típico de Cascavel. 



A viagem durou +- 7h, com direito a uma parada no Shopping Cidade de Maringá pra almoçar. Chegamos em Londrina e fomos direto para o Teatro Cine Ouro Verde (muito bonito, por sinal) e fizemos o credenciamento, recebendo crachá, pastinha e tudo o mais. A abertura do evento aconteceu na noite do dia 26, também no teatro e mais de 1.000 sonhadores (talvez) estavam presentes.


Com o título "A pesquisa em comunicação no Brasil: não precisamos mais ter medo do contágio", a palestra com a Profa. Marialva Carlos Barbosa foi impressionante. É nessas horas que eu percebo o quão pequena sou nesse mundinho da Comunicação e do Jornalismo. Duas frases ditas por ela me despertaram maior interesse:

Pensar a comunicação é pensar a construção de espaços comuns;
Conhecimento deve produzir humildade e não pretensão.




Outro que também fez uso das palavras foi o Dr. Antonio Carlos Hohlfeldt, presidente da Intercom - que apesar do ar de seriedade, foi bem descontraído no discurso. Destaco a fala final dele, que certamente representa muito pra mim e pra todos os colegas aspirantes a jornalistas:

Chega de informação, nós queremos comunicação!



Não posso deixar de registrar que fiquei absolutamente impressionada com o talento/dom/dedicação de um grupo de "mocinhas da cidade", que encantaram a nossa noite com apresentações revigorantes de acordeon. Lindas (e lindo)!




No 2º dia pude assistir algumas apresentações de trabalhos bem interessantes. Bateu aquele arrependimento por não ter inscrito nenhum. Mas, ao mesmo tempo percebi que tem bastante gente preparada por aí... A concorrência não está pra brincadeira - e nem eu. Reparei que pouquíssimos trabalhos inscritos tinham relação com o Jornalismo Esportivo, o que me motivou a persistir nesse tema para o meu TCC.

A noite foi chegando e com ela a expectativa de assistir a palestra com Sandro Dalpícolo e Laura Rejane. A primeira não pode nem ser descrita como palestra. Foi mais uma aula, muito bem dada sobre a história do telejornalismo paranaense, que aliás é o tema do livro "Uma nova luz na sala", que eu infelizmente não tive a sorte de ganhar :(

Foram aproximadamente duas horas de um bate-papo descontraído, riquíssimo em conteúdo e, acima de tudo, em humildade. O Sandro se colocou quase como um amigo, que por ter anos-luz de experiência a mais, sabe nos dizer o caminho certo a seguir e como conquistar a bagagem necessária para não desistir no meio desse caminho. Até eu, que todos sabem, não sou apaixonada por TV, adorei todas as histórias que ele compartilhou com a gente.





 


Logo em seguida, a coordenadora do projeto "Passaporte SporTV", Laura Rejane, nos contou tudo sobre a seleção dos novos talentos feita pelo canal. Meus olhinhos brilharam, mas foram ficando ofuscados... É o difícil dilema com o qual eu sempre me deparo: trabalhar com jornalismo esportivo, mas não gostar de TV :( 





O sábado e último dia do evento foi pra fechar com chave de ouro, mesmo! Sergio Vilas Boas ministrando oficina sobre como pensar e escrever perfis. Uma delícia! É a essência do jornalismo: lidar com pessoas e contar histórias sobre elas. Foram três horas, que mais pareciam 30 minutos, devido a didática e dinamismo com que o Sergio nos apresentava cada um dos tópicos da oficina.




Já sinto saudades, quero mais e ano que vem estarei lá :)

 
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