terça-feira, 23 de novembro de 2010

Revista Espordivas #2

A 2ª edição da Espordivas está ainda melhor! Ousamos e abusamos na diagramação das páginas e os conteúdos estão super bacanas. Tem até a ilustre presença da jornalista e apresentadora Paloma Tocci, que nos enviou um artigo com uma ótima dica para as mulheres! Está 'quentinha'; saiu do forno hoje! Espero que vocês gostem e façam uma boa leitura :) 


Revista Espordivas #1

Não é segredo nenhum que eu sempre adorei esportes. E não tem coisa melhor do que trabalhar com aquilo que a gente gosta! Uma prova disso é a Espordivas - uma revista sobre esportes, de mulher para mulher. Por enquanto ela é um projeto experimental da faculdade. Duas edições já foram produzidas com muito suor e carinho, e a partir de agoras as versões digitais estarão sempre aqui no blog. E aí vai a 1ª...


Revista Espordivas #1 - Setembro de 2010 - Cascavel (PR)


Nada disso seria possível sem a parceria implacável das minhas espordivas Jéssica Moreira, Marcele Antonio, Tátila Pereira e Simone Lima. Beijo gatas :*

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Entre tesouras e pincéis - A rotina de um salão de beleza




Allan Machado e Nathália Sartorato

Capítulo 1

Quarta-feira, 18h15. Um horário em que quase todos os trabalhadores já encerraram o expediente. Quase todos. Atravessamos a cidade até o bairro São Cristóvão para acompanhar a rotina a que estão submetidos os profissionais que trabalham em um salão de beleza.


Assim que pisamos no ‘Salão de Beleza Anderson Cabeleireiro Unissex’ já percebemos um clima que misturava a alegria por ser ‘alvo’ de uma reportagem jornalística com o cansaço de mais um dia árduo de trabalho. Isso porque o salão é comandado apenas por duas pessoas: Anderson Alves Oliveira, 29 anos e Rochelle Adriana Sotti da Silva, 28 anos; marido e mulher. Ok, o fato de ter apenas duas pessoas trabalhando ali não seria tão determinante se o salão não oferecesse tantos serviços: corte, alisamento, tratamento, tintura, penteados e tudo o mais que se possa fazer com o cabelo, modelagem de sobrancelhas, unha (pé e mão), tratamento de pele e depilação.


O pôr-do-sol já estava se aproximando, mas o salão continuava cheio. Quatro clientes estavam sendo atendidos ao mesmo tempo: uma mulher que estava retocando a raiz, pois havia feito escova definitiva, outra mulher fazendo tratamento para redução do volume do cabelo, com alisamento semi-definitivo e tratamento especial para as pontas danificadas, um rapaz fazendo um ‘corte tradicional’ no cabelo e uma última mulher ‘na fila’ para o alisamento.


Rochelle, chamada pelos clientes de ‘Rô’, nos conta que o salão existe há seis anos e que sempre foi uma correria. “A gente começa a atender às oito e meia da manhã e vai até a hora que tiver cliente”. Nesse momento uma das clientes nos interrompeu para contar que uma vez ela ficou até às três horas da manhã no salão. “Eu vim lá de São Paulo e esse é o primeiro salão realmente bom que eu encontro. Aí vale o sacrifício”, justifica sorrindo.


Como se já não bastasse o ritmo acelerado que o salão impõe, Anderson e Rochelle também têm dois filhos pequenos: o Dudu, que tem 6 anos e a Daphne, com apenas 2 anos. O menino logo se ‘desinibiu’ em frente à nossa câmera fotográfica e começou a fazer ‘caras e bocas’ e a chamar a atenção com seu gingado de capoeira. Falante e bagunceiro, Dudu não dá sossego: pega os produtos do salão e começa a passar no cabelo, fazendo com que a Rochelle tenha que interromper o atendimento a uma das clientes para ‘acudir’ o filho. O argumento para convencê-lo a não fazer bagunça é certeiro: “pode ir brincar no computador”.


Porém, a calmaria durou pouco. Alguns minutos depois ele volta a falar sem parar, em um tom de voz bastante alto para a sua idade. “Sou famoso, querem me entrevistar? Já dei entrevista pra um monte de coisa: pro SESC, pro Batatinha.” O casal, é claro, já se acostumou com a presença do filho no salão. “Melhor ele aqui dentro do que lá na rua”.


É, nisso eles têm razão. Aos primeiros indícios do anoitecer, Anderson tranca o salão com um cadeado e nessa hora perguntamos se eles não têm medo de trabalhar até de madrugada, e a resposta foi rápida: “nós sabemos que é perigoso, mas não tem outra opção”.


Mesmo com as portas já fechadas, chega uma moça querendo cortar o cabelo do filho. Anderson a recebe pacientemente e explica que ele até consegue atendê-la, mas ela vai ter que esperar algumas horas. Ela desiste, mas promete voltar no dia seguinte. Recusar clientes não é uma coisa que o Anderson faz com freqüência. “Até no domingo a gente atende, mas aí tem que pagar muito bem”, brinca.


Apesar da rotina acelerada que eles enfrentam, o bom-humor do casal parece inabalável. Enquanto Rochelle reclama que eles não têm tempo para cuidar da família e nem ao menos para ir ao mercado, Anderson brinca dizendo que para ele a grande desvantagem é que “a mulher não faz almoço”. E a alimentação é realmente algo que eles deixam de lado. “Geralmente faço só uma refeição por dia, que é almoçar em algum restaurante. Na janta sempre comemos pizza. Não dá para largar o salão e sair para jantar, né?”.


Anderson ingressou nesse ‘mercado da beleza’ há 14 anos e Rochelle há seis anos. Mas, o salão de beleza não é o ambiente de trabalho dos sonhos do casal. “A gente queria ter uma clínica de estética para trabalhar como cirurgiões plásticos. Mas sabe, né? Pobre não tem dinheiro para estudar em faculdade e colégio particular. E eu também não tenho inteligência pra isso.” O salão atende a camada dita mais ‘popular’. Os cortes femininos variam de 15 a 30 reais e os masculinos de 6 a 10 reais.


Se tem uma coisa que não poderia faltar em um salão de beleza é a tal da fofoca. E como ali todo mundo se conhece, o papo rolava solto. Algumas histórias contadas por eles chegavam até a assustar, como a da mulher que apanha do marido e tem medo de denunciá-lo. “Isso não é nada perto de outras histórias que as clientes contam. É cada coisa que a gente tem que escutar”. Pelo visto, além de cabeleireiro, o Anderson também ataca de psicólogo nas ‘horas vagas’, tudo para agradar a clientela.


As horas iam passando e o trabalho parecia não terminar. Acompanhamos o casal por mais de três horas. Durante todo esse tempo, o Anderson e a Rochelle sentaram por apenas alguns minutos. “É, a vida é sofrida. Nosso descanso é raro”, afirmam.


Quando estávamos nos preparando para ir embora e dando por encerrada a reportagem, eles nos convidam para voltar no sábado, que é um dia bem mais movimentado. Agradecemos o convite e avisamos que os dois outros repórteres viriam. Nos despedimos e deixamos o salão, impressionados com a alegria do casal, que também nos contagiou.



Amanda Ramos e Douglas Fernando

Capítulo 2


Em um sábado, desses que dá vontade de ficar em casa assistindo TV e comendo brigadeiro de panela, lá fomos nós. A aventura começa no ponto de ônibus, pois nem sabíamos ao certo que outro ônibus teríamos que pegar para chegar ao destino final. Com a ajuda de motoristas e cobradores, chegamos ao salão do Anderson, uma hora após o inicio da trajetória.


As apresentações mal foram feitas e já recebemos cobranças por parte do Anderson: “seguinte, vão tirando a jaquetinha e os óculos porque vocês vão limpar tudo. Não, eu não tô brincando. Vamos! Vamos!”. Nós nos entreolhamos e pensamos: em que enrascada a gente se meteu? Mas, em seguida, ele abriu um sorriso e disse que tudo não passava de uma brincadeira. “Só uma assustadinha pra ver se vocês continuariam aqui”.


De repente, uma voz um tanto quanto estridente nos chama a atenção. Eis que surge um menino magrinho, moreno, aparentando ter seis anos e com muita, mas muita energia. Enquanto ginga capoeira, come, bebe e fala alto no salão, seus pais continuam o trabalho que parece árduo.


Um dos nossos primeiros questionamentos é com relação a parte financeira, mais rapidamente Dudu, o menino espoleta, responde: “ah, ele não me dá nenhum real.” Anderson e Rochelle nos explicam que não sabem nem quanto entra de dinheiro por dia, já que um setor financeiro organizado é uma coisa que nunca existiu por ali.


Enquanto isso, um cliente fazia depilação no rosto. Percebemos que ele era um tanto metrossexual. Quase não falava. Vestia uma camisa roxa listrada, cheia de lantejoulas coloridas. Ficou no salão durante as quatro horas em que permanecemos ali. Ele já tinha feito luzes, corte, alisamento e agora esperava pela sobrancelha. Era a Rochelle que o estava atendendo com muita agilidade e precisão, embora às vezes se queixasse: “que cansaço! Hoje eu não queria nem sair da cama”. Anderson completa: “quem acha que vida de cabeleireiro é fácil, está muito enganado!”


Uma das coisas que nos chamou a atenção foi o fato de 90% dos homens que frequentam o salão pedirem para fazer a sobrancelha. Rochelle confirma, dizendo que “todos os homens que vem aqui pedem [para fazer a sobrancelha]. É muito difícil um homem que venha aqui e não peça.”


E no meio das epifanias do simples salão de Anderson, aparece o menino Gustavo. A mãe estava nervosa. Motivo? O filho de quatro anos cortou o cabelo com uma tesoura. Ele quer ser cabeleireiro e reafirma para a mãe que irá cortar de novo. Com uma cara de bravo, ele mal quer saber das explicações de Anderson, mas acaba saindo contente com o resultado. “Ficou bonito, não vou precisar mais ficar careca!”, comemora. Em seguida, aparece outro menino, mas esse, ao contrário, adora visitar o salão. A mãe desloca-se do Country para que ela e o filho possam repaginar o visual.


A mulherada que já conhece o salão há algum tempo sabe que ali o trabalho é corrido. Para ajudar, algumas clientes se ‘auto-atendem’. Foi o caso de uma menina que apareceu na porta do salão. Ali perto estava a única tomada 200 watts, em que funcionava o secador. O cabeleireiro deu as coordenadas: “pega aí e pode usar. Mas é só secar e pronto”.


O clima estava ótimo até cutucarmos uma ‘casca de ferida’. E os erros? Já aconteceram aqui? “Sabe, aqui a gente faz só se for pra dar certo. Se for pra fazer ‘cagada’ ninguém faz. Já aconteceu de uma cliente nossa botar outra coloração no cabelo e ficar simplesmente descontrolada”. Para que o cliente não tenha motivos para reclamar, o Anderson sempre fotografa o ‘antes’ e o ‘depois’ de qualquer corte ou tratamento capilar que ele faz.


Observando as expressões de cansaço que o casal apresentava, perguntamos se eles já tentaram contratar mais pessoas para ajudá-los nos serviços. “Já até cansamos de tentar. Seis manicures já passaram pelo salão, mas nenhuma deu certo. Teve uma que dizia para as clientes que unhas grandes davam mau cheiro e que, por isso, deveriam ser cortadas. E muitas das clientes se revoltaram”, conta Rochelle.


Já eram quase seis e meia da tarde quando deixamos o salão, que continuava ‘fervendo’. O telefone tocava sem parar, clientes chegavam a toda hora e o casal se desdobrava para atender a todos, em mais um dia de trabalho que, pelo visto, estava longe de terminar.

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Trabalhando o foco narrativo

Depois de uma semana super agitada e de muita produção, está na hora de atualizar esse blog! O texto que eu vou mostrar agora foi um desafio! Com a proposta de trabalhar o foco narrativo, eu tinha que contar um fato que já aconteceu comigo, mas com o olhar de um grupo de pessoas que também participou desse fato. Ou seja, eu precisava falar sobre mim, mas não utilizando a 1ª pessoa do singular e sim a 3ª pessoa do plural. Deu pra entender? É, eu sei que é complicado. Talvez com a leitura do texto isso fique mais claro :)

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A garota do ônibus

Todos os dias nós a encontrávamos, no mesmo horário e no mesmo lugar. Não era exatamente um encontro porque não era planejado e sim inevitável. Ela estava sempre atrasada e aí era engraçado o modo como gesticulava enlouquecidamente para que o motorista a esperasse.
Parecia uma pessoa simpática, mas nunca trocou uma só palavra conosco. Estava sempre ‘alienada’ em suas músicas, às vezes em um volume tão alto que os pobres fones de ouvido não davam conta de absorver. O gosto musical era questionável. Variava do sertanejo à MPB e assim divergia nossas opiniões.
Carregava uma bolsa que vivia cheia e, visivelmente, bastante pesada, o que causava a ela certo desconforto. Talvez isso justificasse o ato pouco respeitoso com que roubava os nossos acentos e nos deixava furiosos. Uma jovem sentada e nós, pessoas mais velhas, em pé!
Por dez minutos tínhamos o mesmo destino, depois ficava uma dúvida. Ela não usava nenhum uniforme, ou carregava algum objeto que nos ajudasse a identificar para onde ia. A expressão sempre cansada nos fazia pensar em algo como um escritório onde ela, pela pouca idade, talvez fosse estagiária.
Concordávamos que ela não era lá muito vaidosa. O rosto estava sempre sem maquiagem, as unhas sem esmalte e os cabelos soltos.
O terminal era nossa linha de chegada. Com o ônibus ainda em movimento, ela nos atropelava e descia correndo para pegar o próximo ônibus, que já estava de partida.
Diversas vezes nós reclamamos do comportamento que ela tinha, até que um dia ela não apareceu mais. Alguns acharam que ela tinha pedido o emprego, outros diziam que havia ganhado um carro. A verdadeira razão para o seu ‘sumiço’ nós não sabemos, mas sabemos que daquele dia em diante tudo pareceu menos apressado, agitado e engraçado.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VT sobre Propaganda Política na Internet

Eu já falei um pouquinho aqui no blog sobre o projeto do Jornal do Quarto. Hoje finalizei a minha 'contribuição': um VT sobre a Propaganda Política na Internet, estratégia que, por sinal, teve uma reprovação quase generalizada. Vejam como ficou e critiquem :)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um sorriso bem brasileiro

Muito trabalho, pouca educação, mas uma simplicidade e felicidade que dão inveja! Dona Edenir é um personagem quase invisível da vida de vários brasileiros.



O Condomínio Residencial Rio Verde se localiza na Vila Tolentino, bairro de classe média de Cascavel. Apresenta oito blocos, de quatro andares cada, com dois apartamentos por andar, cujo acesso se dá apenas através de escadas. São mais de 120 moradores que entram e saem todos os dias. A difícil tarefa de manter todos os ambientes limpos pertence a uma mulher simples, de meia-idade, que usa sempre os cabelos escuros presos e uma roupa básica, como camiseta e short jeans. 

Dona Edenir, como é chamada pelos moradores, trabalha como zeladora no Condomínio a seis anos. Está sempre com a vassoura na mão e um sorriso no rosto. Dificilmente se queixa de algo, mesmo nos dias mais quentes, chuvosos ou quando a criançada faz aquela sujeira.
Edenir Vaz da Luz e seus oito irmãos nasceram em Campo Mourão, cidade com cerca de 90 mil habitantes. A infância não traz boas lembranças. A vida sempre foi muito difícil. “Meus pais sozinhos não davam conta de criar os nove filhos, então eu e todos os meus irmãos começamos a trabalhar desde pequenos.” A educação ficou prejudicada e ela completou apenas a 5ª série. “Meus irmãos tiveram mais sorte que eu e hoje alguns são até formados.”

Há 16 anos ela, os quatro filhos e o marido - o Seo Alcebíades, que também trabalha no Condomínio prestando serviços de jardinagem; mudaram-se para Cascavel na esperança de ter uma vida melhor. Aqui ela trabalhou como diarista em diversas casas de família. “Todos os dias eu tinha alguma casa para limpar. Às vezes era no Guarujá, outras vezes no Centro ou na Neva. Não sobrava nenhum dia da semana livre”. Na época o salário mínimo girava em torno de R$400,00 e ela conseguia tirar um pouco mais que isso por mês. Para uma família com seis pessoas a renda passa longe de ser ideal, mas ela não se queixa. “As famílias sempre eram muito boas e com o que eu ganhava dava para sustentar a casa”.

Apesar de não reclamar dos anos de diarista, ela confessa que prefere o trabalho de zeladora. “É mais tranquilo e a maioria das pessoas aqui é gente boa”. É, mas infelizmente a maioria não são todos. Dona Edenir se entristece ao falar da discriminação que sofre por parte de alguns moradores. “Muitas pessoas não valorizam os profissionais da limpeza. Às vezes olham pra gente com um ar arrogante, como se a gente fosse inferior a eles. Outros nem sequer cumprimentam.”

Os olhos se encheram de lágrimas quando ela relembrou um dos casos que mais a magoou em todos estes anos de serviços prestados ao Condomínio. “Foi bem constrangedor quando alguns objetos que os moradores deixavam na porta dos apartamentos começaram a sumir e eu fui a primeira pessoa que eles culparam. Esse tipo de coisa é que deixa a gente chateada”.

A profissão exercida hoje não era a que ela sonhava em seguir quando era pequena. “Eu queria ser professora para ajudar as crianças a ter uma educação melhor, para que elas não ficassem nas ruas correndo perigo.” Como não pode realizar esse sonho, ela se dedica à educação dos dois netos, uma menina e um menino. “A gente sempre tenta fazer de tudo pra que eles tenham uma educação melhor do que a nossa”.

Aos 53 anos de idade, Dona Edenir se diz uma pessoa feliz com a vida que leva. “Tenho minha casinha e com o salário de zeladora dá pra criar a família. É claro que eu mudaria muita coisa se pudesse, mas desse jeito está bom”.

O trabalho para ela é como uma terapia. “Faz bem até pra minha saúde. Antes eu ia no PAC uma vez por semana tomar injeção para controlar a pressão, mas depois que comecei a trabalhar eu só precisei voltar lá uma única vez.”

Assim como a maioria dos brasileiros, ela e a família não possuem plano de saúde e reclamam do atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Cascavel. “A saúde aqui é bem precária, ainda tem muito o que melhorar.”

Outra coisa que ela também acredita que pode melhorar na cidade é a limpeza das ruas. “Acho tudo muito sujo”. E olha que disso ela entende. Afinal, quando não está trabalhando no Condomínio está trabalhando em casa. “Nos finais de semana minhas filhas me ajudam e a gente faz uma faxina, limpa tudo lá em casa.”

Mesmo com o sorriso estampado no rosto, Dona Edenir não esconde o desejo de se aposentar. “Ainda preciso de mais cinco anos de trabalho com a carteira assinada. Depois disso vou curtir bastante meus netos, ver eles crescendo”.

É, mas se os anos custam a passar, os minutos que ela gentilmente cedeu para esta entrevista passaram rápido demais. “Preciso voltar ao serviço agora, se não não dou conta de terminar tudo hoje”, disse ela, um pouco sem jeito por ter que encerrar a conversa.

E lá foi a Dona Edenir, carregando o balde em uma mão, a vassoura na outra e sustentando sempre um sorriso no rosto. Sorriso este que marca uma vida cheia de dificuldades e muito trabalho, mas que ao mesmo tempo revela uma felicidade e simplicidade tão verdadeiras que causariam inveja em muita madame por aí, que costuma não perceber a vida que se esconde por trás destes personagens invisíveis do nosso dia a dia.

domingo, 8 de agosto de 2010

Jornal do Quarto

As aulas voltaram e com elas as minhas experiências jornalísticas! Dentre as disciplinas deste semestre está a Oficina de Telejornalismo. A sala foi dividida em quatro grupos, que terão que produzir dois telejornais cada um. E quando eu digo produzir, é "colocar a mão na massa" mesmo! Todos seremos repórteres, editores, cinegrafistas e apresentadores. Uma experiência não tão difícil pra mim, que já conheço um pouquinho esse mundo da televisão, mas ainda sim desafiadora! A produção levará seis meses e enquanto o produto final não fica pronto, vocês podem assistir vídeos com os making-offs e, é claro, deixar nos comentários as opiniões, críticas e sugestões ;)




terça-feira, 27 de julho de 2010

A desconhecida ética policial

Nos últimos meses ouvimos com bastante frequência as pessoas comentando sobre as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. Aparentemente, a notícia agradou a boa parte da população brasileira, mas deixou com uma sensação de medo e insegurança diversos outros países. O motivo para isso é uma velha conhecida da cidade “maravilhosa”, a tal da violência, que já se tornou nosso “cartão-postal”. 

Essa imagem negativa que o Brasil possui lá fora é completamente justificada pela interminável guerra do tráfico que se manifesta nos morros cariocas e que a cada ano contabiliza mais mortes de inocentes. Em meio a esse cenário de batalha entre bandidos e policiais é necessário levantar uma questão: até que ponto podemos confiar nos serviços prestados pelos policiais militares do Rio de Janeiro para garantir a segurança de todos durante e depois das Olimpíadas? Afinal, policial que se sujeita a vender armas para traficantes, que negocia com eles em troca de dinheiro e drogas e que, até mesmo, comanda o tráfico nos morros não está a serviço de outra pessoa a não ser dele mesmo.

Ética é o valor que esses profissionais ainda desconhecem e isso precisa ser mudado, começando pela sua formação inicial, onde muitas vezes são orientados por pessoas sem qualificação alguma, que são escolhidas pelo critério da amizade e do favor e que não estão preparadas para a responsabilidade que é formar “defensores de uma sociedade”. É inadmissível que a polícia que mais mata no Brasil ofereça apenas 12 horas de “Ética e Direitos Humanos” na formação básica, o que corresponde cerca de 1% das 1.160 horas de instrução.

Mas, indiferente a esse fato, a ética deveria ser uma qualidade inerente a qualquer profissional, principalmente aqueles que têm o dever constitucional de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas, respeitando a integridade física, moral e psíquica do condenado ou ainda de quem seja objeto de discriminação e agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua autoridade pública para a prática de arbitrariedade, como está previsto no Código de Ética dos Policiais.

Infelizmente, não é essa postura que observamos. Situações em que policiais militares cometem atos de corrupção e abusos de poder são assustadoramente comuns. Se aqueles que deveriam servir às leis em defesa do cidadão estão infringindo elas, quem garantirá a nossa segurança?

Para reverter esse quadro é preciso atingir a raiz do problema, que é o nosso sistema político e governamental. A falta de ética parece agir como um vírus se espalhando rapidamente e contaminando a todos, até mesmo aqueles que se diziam imunes. Parte dos superiores para os subordinados, e assim afeta todas as classes de poder da sociedade. Falta de ética na polícia recebe outro nome, esperteza. E é justamente essa esperteza que suja o nome do Brasil. Ou você acha que os demais países consideram um ato realmente esperto tirar a vida de inocentes, financiar todas as causas da violência e promover uma guerra diária? A presença dos policiais militares nos morros cariocas causa mais medo à população do que a ausência deles, até mesmo porque essa presença já está associada a tiroteio, balas perdidas e mais inocentes mortos ou feridos. Imaginem então como os estrangeiros vão se sentir durante as Olimpíadas, com essa imagem persistente que eles têm da falta de segurança brasileira.

A situação da violência precisa ser resolvida agora. A população não pode esperar por mais seis anos! Se isso não começar a mudar hoje o Rio de Janeiro não terá condições de receber um evento internacional desse porte. Precisamos de policiais inteligentes, humanos e éticos que tenham como único objetivo estar a serviço do cidadão e garantir a sua segurança. Acho que isso não é pedir demais.

sábado, 17 de julho de 2010

O diário das minhas férias

Quando eu era criança detestava o primeiro dia de aula depois das férias porque a professora pedia para que fizessemos um desenho ou escrevêssemos uma história contando como foram as nossas férias. Eu detestava justamente porque nunca tinha nada interessante para contar. Eu apenas brincava, como uma criança normal e isso não era o suficiente para render uma boa história. Mas acho que dessa vez eu fiz bom uso do mês em que estive longe da Faculdade Assis Gurgacz.
Foi um período bastante intelectual. Quando eu não estava projetando uma revista estava trabalhando, lendo um livro (que desta vez foi "O Aliciador" de D. Carrisi, excelente por sinal) ou ainda praticando aquilo que a faculdade já me ensinou.
Acompanhei quase toda a Copa do Mundo 2010 e até cheguei a liderar o Bolão da Clixx Internet (imagine uma mulher entendendo mais de futebol do que oito marmanjos!), mas no final acabei errando alguns palpites e perdi o prêmio de R$300! E falando em Copa do Mundo, achei a imprensa muito tendenciosa. Poucos veículos conseguiram agir de forma isenta. Fiquei triste pela derrota do Brasil, mas com a convocação feita pelo Dunga isso já era de se esperar. Em 2014 eu já estarei cobrindo a Copa e prometo que vou dar umas dicas para o futuro técnico da nossa seleção.
Também aproveitei as férias para mudar o visual. Abandonei uma promessa antiga feita por mim e por uma amiga de que nossos cabelos cresceriam até o umbigo! Eu bem que tentei, mas contra a genética não há muito o que se fazer. Cortei e gostei. Uma mudança de vez em quando cai bem.
Aos poucos estou me aprimorando na difícil missão de conduzir um veículo pelas ruas de Cascavel. Depois de uma batida com apenas duas semanas de direção eu consegui superar o trauma e logo eu e meu Siena seremos grandes amigos.
A viagem para Alto Bela Vista (SC) também foi um dos acontecimentos que merecem citação. Ao lado da família Pratti eu conheci um lugar estranhamente bonito e isolado, onde o ar é sempre de paz e felicidade. Bom para fugir um pouco do caos da "cidade grande".
A presença da minha avó, que veio de Londrina (minha cidade natal) para passar uma temporada aqui em casa com certeza enriqueceu esse período. A "vovó delícia", como ela mesmo se denominou, é assustadoramente parecida comigo. É a única pessoa com quem eu não consigo teimar. Ela sempre me vence pelo cansaço. Devem ser os anos de experiência que ela tem. Enfim, foi bom e passou rápido. Agora é só esperar que a segunda-feira venha e traga um semestre muito melhor!
Ah, e acho que dessa vez eu consegui fazer um "diário das minhas férias". Só faltou o desenho. Mesmo assim, minhas professoras do ensino fundamental ficariam orgulhosas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alto Bela Vista: um lugar estranhamente bonito

É estranho pensar que um lugar possa resistir à urbanização a mais de 40 anos. Estranho pensar que um vilarejo possa abrigar habitantes tão gentis e hospitaleiros. Estranho pensar que as casas não tem cerca e as roupas amanhecem no varal. Estranho pensar que um lugar não tem policiamento pelo simples fato de não ter criminalidade. Estranho pensar que o luxo e o dinheiro deixam de corromper as pessoas, que estão mais preocupadas com felicidade e tranquilidade. Estranho pensar em um lugar que não é escravo do tempo, onde a pressa não move as pessoas. Estranho pensar em um lugar onde as pessoas são saudáveis e não são dependentes de consultas, terapias e remédios. Era estranho pensar que esse lugar pudesse existir. Mas existe.

Bem-vindo à Alto Bela Vista (SC). O lugar mais 'isolado' que eu já conheci. Possui apenas uma madeireira (a atividade econômica que movimenta o vilarejo), uma escola, uma 'vendinha', uma igreja, um cemitério e algumas dezenas de casas de madeira e de pessoas realmente felizes.









Fotos por Raquel Pratti.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Voz, letra e simpatia

Bom, eu não pretendia postar este texto aqui, mas acabo de saber que eu tirei 100 com ele. É minha primeira "crítica musical" e eu realmente não gostei, mas ela deve ter algo que agradou ao doutor Silvio Demétrio e que, talvez, agrade a mais alguém :)
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Voz, letra e simpatia


Maria Gadú. Este talvez seja um nome ainda desconhecido para muitas pessoas. “Ah, aquela do Shimbalaiê? Acho que já ouvi uma vez...”. Bom, sabemos que a MPB não é a praia de muita gente do interior do Paraná, mas a cantora revelação de apenas 22 anos está ganhando os palcos de todo o Brasil.

Seu CD de estréia titulado “Maria Gadú”, apenas pelo encarte já nos mostra porque ela é uma cantora diferente. O “foto-livro-encarte” é repleto de belíssimas fotografias que nos remetem ao outono e demonstram a intimidade de Maria com seu violão e sua adoração pelas coisas simples e naturais, como uma flor ou um céu azul. O álbum tem 13 faixas, sendo 8 de autoria da intérprete.

A primeira faixa, “Bela Flor” me faz sentir a calma e a tranqüilidade de uma cidade pequena, quase um vilarejo de meados dos anos 70/80, onde as pessoas levavam uma vida sossegada. A combinação de melodia, arranjo e a voz mais imponente de Maria Gadú evitam a sensação de “excesso de calma” que a música poderia transmitir. A letra que trata de elementos da natureza reforçam a ideia de tranqüilidade e paz.

Diferentemente da canção anterior, “Altar Particular” traz consigo um tom de melancolia boemia, que ao mesmo tempo é amenizada por um arranjo que lembra o samba e que, por isso, confere um pouco mais de ânimo à canção.

A faixa 3 é uma homenagem de Maria Gadú à sua avó, “Dona Cila”. Ela assim o faz no encarte: “dedico este disco a uma mulher excepcional e incrível que passou pelo mundo perfumando e colorindo a minha existência e a de todos que tiverem o imenso prazer de conhecê-la. Minha “Deusa de Ébano”, Dona Cila, vó querida!”. A canção parece estar sendo recitada, quase como um poema, cheio de emoção por se tratar de uma homenagem. O arranjo em alguns momentos parece confuso, misturando de forma desagradável bateria, guitarra, violão, acordeom e percussão. Mas o fato não se estende por toda a música. Na composição total a música é agradável de ser ouvida.

A música mais conhecida de seu repertório, “Shimbalaiê” é perfeita para se ouvir na praia, em um fim de tarde. Envolvente, a canção te convida a dançar ao mesmo tempo em que te faz querer “deitar na areia” e apenas escutá-la.

A introdução da música “Escudos” carrega certo sofrimento, mas que no decorrer da canção vai se desfazendo e se alternando com momentos de mais explosão e vivacidade. Não é uma canção das mais animadoras.

A canção francesa “Ne Me Quitte Pas”, de Jacques Brel é interpretada por Maria Gadú na letra original e carrega consigo o ritmo, a elegância e o charme da música européia, mais presentes nesta versão do que na original.

“Tudo diferente” é o tipo de música que eu gostaria de ouvir em uma serenata. O som destacado do violino lhe confere características muito românticas. É uma canção encantadora.

A música “Laranja”, faixa 8, conta com a participação especial de Leandro Léo. É, sem dúvida, a música mais animada do disco, fugindo à melodia habitual das outras canções. O arranjo é bem harmonioso e segue a linha mais agitada do início ao fim da canção.

Neste disco Maria Gadú faz um agradecimento especial a Marisa Monte, fonte de suas inspirações. A canção “Lounge” lembra Marisa. Tanto pelo ritmo como pela entonação dada à letra. A música transmite a sensualidade na sua forma mais feminina e delicada.

Esperança, alegria, sofrimento. É possível sentir tudo isso ouvindo “Linda Rosa”. A letra faz referência à história do “Cravo que brigou com a rosa...” e nos remete ligeiramente à infância.

A faixa 11 é “Encontro” e assim como “Shimbalaiê” me faz lembrar do mar, da praia. Talvez pelo misto de tranqüilidade e euforia que este ambiente me causa ou pelo ritmo da música que parece estar em compasso com o balanço do mar.

“A História de Lily Braun” é uma composição de Edu Lobo e Chico Buarque. Na interpretação de Maria Gadú a música tem um “quê” de mistério, com um ritmo que me lembra Pantera Cor-de-rosa e detetives de filmes antigos.

O disco é encerrado com a interpretação de Maria Gadú da música “Baba” da cantora pop Kelly Key. Com um arranjo totalmente modificado (utilizando apenas um violão) e adaptado à MPB, Gadú mostra que até mesmo uma música da Kelly Key pode ser trabalhada e ficar agradável aos nossos ouvidos.

Apesar do caminho ainda pequeno trilhado por Maria Gadú seu primeiro disco já revela algumas características desta nova e surpreendente voz da MPB. É como se ela deitasse em uma rede, pegasse o violão e, com a maior simplicidade fizesse música!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Galvão Bueno e o Twitter

Matéria da Revista Sarau :)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Revista Sarau

Sempre tive paixão por revistas! Acho o segmento mais fascinante do jornalismo por ser o espaço para a criação literária, para a reportagem investigativa, enfim, para o trabalho jornalístico na sua forma mais expressiva. Hoje apresento-lhes minha primeira revista, fruto de um trabalho em equipe com a minha adorada Jéssica Moreira. Não dá para dizer que a Revista Sarau é totalmente nossa já que muitos conteúdos foram de colaboradores (como a Marcele Antonio, o Pedro Sarolli, o Maycon Corazza, a Tátila Pereira e a Simone Lima), mas toda a diagramação e edição foi nossa! É gostoso demais admirar ela impressa! Agora disponibilizo ela aqui para quem quiser ler e se deliciar também :)


Para ler clique aqui.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Deadline

Uma crítica em forma de áudio-visual à queda da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista e à desvalorização da nossa profissão. Foi isso que nós (eu, Allan Machado, Marcele Antonio, Max Odin, Maycon Corazza e Pedro Sarolli) tentamos trazer para este áudio-visual, que também está concorrendo ao Prêmio Mário Lemanski da Jornalismo :)

ATUALIZANDO: o resultado do Seminário de Práticas já saiu e nós não vencemos na categoria áudio-visual. Merecidamente, os vencedores foram o pessoal do 3° período (YES) que apresentaram o áudio-visual "Anacronismo - Está tudo no timing". Parabéns :D


Jornal Espelho

Depois de um longo e árduo semestre de produção, o nosso primeiro jornal (com diagramação e conteúdos realmente bons) ficou pronto! A proposta não era das mais fáceis: abordar o tema Ética no Jornalismo! Para isso fizemos pesquisas, entrevistas (pessoalmente ou com o uso das mídias sociais) e debates, tudo para facilitar a compreensão do tema, que deve obrigatoriamente fazer parte da vida de cada um. Hoje apresentamos (eu, Jéssica Moreira, Marcele Antonio e Simone Lima) o Jornal Espelho no X Seminário de Práticas Jornalísticas da FAG e estamos na torcida por um prêmio na categoria Impresso ou quem sabe o tão sonhado Prêmio Mário Lemanski hein? O resultado sai amanhã. 


Para ler o jornal clique aqui.

ATUALIZANDO: infelizmente não foi dessa vez. O prêmio da categoria impresso saiu para um trabalho da mesma disciplina de Ética na Comunicação do 3º período de Jornalismo da FAG :)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um novo capítulo na "novela" do Teatro Municipal

Aproximadamente um mês atrás eu postei aqui no blog o meu artigo sobre o Teatro Municipal de Cascavel que foi publicado no Jornal Hoje. A repercussão foi muito boa. As autoridades competentes entrarem em contato comigo a fim de esclarecer tudo que ainda estava obscuro. As informações que eu recebi foram material para um novo artigo, que tem a finalidade de esclarecer os gastos que envolvem essa LONGA e CARA obra. O artigo-resposta foi publicado hoje no mesmo Jornal Hoje. Confiram aí:



O mais legal de tudo isso é perceber que as autoridades estão "antenadas" e que basta as pessoas reclamarem, reivindicarem e questionarem tudo o que lhes parece errado para que as coisas comecem a ser esclarecidas. Esperar de braços cruzados pela solução das coisas é o caminho certo para o declínio de qualquer sociedade.

sábado, 8 de maio de 2010

@Mídia destaca a importância da comunicação nas mídias sociais

Durante os dias 29 e 30 de abril o anfiteatro da Faculdade Assis Gurgacz foi palco para discussões sobre mídias sociais no evento @Mídia. Os palestrantes André Telles, Maiara Bastianello, Ana Maria Brambilla e Patrícia Wypych falaram sobre a importância de se aliar às mídias sociais para realizar uma comunicação eficiente.

Na noite de abertura, André Telles, CEO da Mentes Digitais e autor dos livros “Orkut.com” e “Geração Digital” fez um passeio por praticamente todas as mídias sociais existentes, explicando cada uma e como deve ser o seu uso, com destaque para o Twitter. Sobre ele André afirmou: “é preciso criar um personagem corporativo”. Na sequência a jornalista da Band News FM, Maiara Bastianello apresentou formas de utilizar as mídias sociais para obter informações que possam auxiliar o trabalho jornalístico.

Quem iniciou o evento na sexta-feira foi a publicitária e coordenadora de Mídias Sociais e Planejamento da Savannah Comunicação, Patrícia Wypych, que explicou como as empresas estão inseridas nas novas mídias e como lidam com o consumidor. “Estar em sintonia com o consumidor e construir uma relação de respeito é transparência são fatores primordiais”, afirmou ela. Logo em seguida foi a vez da jornalista e editora de Redes Sociais do Portal Terra para o Brasil e a América Latina, Ana Maria Brambilla subir ao palco e destacar a importância da criatividade. “Temos que encontrar maneiras diferentes de colocar o conteúdo nas mídias sociais para não fazer parte do “ruído” que se forma ali”.

Um assunto que está diretamente ligado com as mídias sociais é a “privacidade” dos usuários com relação à divulgação dos dados pessoais na internet. Em relação a esse assunto a estudante de Jornalismo, Alexia Gabrielly Mondadori se diz favorável. Ela acredita que a pessoa só divulgará aquilo que deseja que os outros vejam. Alexia confessa que costuma divulgar suas fotos em redes sociais, mas que sempre omite dados que possam informar a sua localização como endereço e telefone. “É preciso ter cuidado com o material que divulgamos”, conclui.

Já o estudante de Jornalismo, João Diego Machado, 18 anos, possui uma opinião diferente. “Depende. É bem relativo. Depende da forma como vai ser divulgado e também do conteúdo.” João ainda cita o aspecto político deste assunto. “Os políticos deviam ter toda a vida divulgada na internet”. Particularmente, ele diz que divulga apenas dados profissionais, como a faculdade onde estuda e a empresa onde trabalha, mas também evita publicar dados como endereço e lugares que freqüenta.

Lougan Manzke é professor e tem 22 anos. A opinião dele, assim como a do João também é intermediária. “Depende do tipo de dado que será divulgado”. Para ele os dados como RG e CPF só devem ser fornecidos em último caso. “Esses dados são muito íntimos. É quase como a cor da roupa de baixo. Eu não preciso do CPF de alguém para fazer nada.” Lougan não vê problema em divulgar dados como idade, sexo e pretensão profissional. “Esses dados são essenciais”, afirma.

O jornalista Vinicius Schreiner, 29 anos, é absolutamente contra a divulgação de dados pessoais na internet. “Eu acho que tem coisas que não precisam ser divulgadas publicamente. É muita exposição.” Vinicius acredita ainda que a divulgação massiva que as pessoas fazem da própria vida na web fez com que o “mistério” de conhecer a outra pessoa se perdesse. “Não tem graça. Já está tudo exposto na internet”. O único dado que ele diz publicar é o e-mail.

sábado, 1 de maio de 2010

Sobre o Big Brother Brasil


Graças a Deus o pesadelo já acabou. Pelo menos por esse ano. Mas, vale a pena publicar esse texto por que ele expressa bem o que eu sinto em relação ao programa. É uma tentativa de previnir a população para as próximas edições (que, infelizmente, eu sei que virão).

O texto é (supostamente) de autoria de Luis Fernando Veríssimo.
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A vergonha

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa: ir ao cinema, estudar, ouvir boa música, cuidar das flores e jardins, telefonar para um amigo, visitar os avós, pescar, brincar com as crianças, namorar ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Minha primeira publicação em um jornal

Hoje fiquei imensamente feliz ao ver meu artigo publicado no jornal local de Cascavel e ao receber, por e-mail, cumprimentos por ele. Me sinto na obrigação de deixar isso registrado aqui no blog :)

Pedaladas de ouro


Ufa, minha reportagem finalmente está pronta :)
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Pedaladas de ouro
Conheça os protagonistas do esporte que já levou Cascavel e o Brasil ao lugar mais alto do pódio várias vezes.


O ciclismo tem a sua origem em uma corrida no mínimo curiosa. Em 1842, um dos inventores da bicicleta, o escocês Kirk Patrick MacMillan, apostou uma corrida com um cocheiro. MacMillan acreditava que sua invenção era capaz de percorrer 154 km - de Glasgow à Carlisle, na Escócia - mais depressa do que a carruagem. Ele estava certo.

Desde então, a bicicleta evoluiu, e muito. Hoje o equipamento com todos os aparatos necessários para a prática profissional do esporte pode custar até 12 mil reais! Isso por que é uma bicicleta projetada para competições e, portanto, precisa ser leve, firme e resistente à força e ao impacto. O preço justifica-se pelo material: fibra de carbono trançada, a mesma matéria-prima utilizada pelos carros da Fórmula 1. Aliás, essa é, infelizmente, a única semelhança entre esses dois esportes. Após mais de um século e meio de história, o ciclismo ainda clama por mais incentivos.

Mesmo com algumas pedras e buracos no caminho das bicicletas, Cascavel é a casa do protagonista de uma trajetória cheia de pódios no ciclismo. Jovem, recém saído do Exército Militar e com formação para o exercício da profissão de torneiro mecânico, ele nem imaginava que chegaria tão longe. Deu as primeiras pedaladas profissionais aos 19 anos, competindo e ganhando nas etapas regionais do Campeonato Paranaense. No ano seguinte, 1998, integrou a equipe principal de Cascavel e ajudou na conquista dos Jogos Abertos. Vitórias foram se seguindo e o destino parecia certo: em breve seria reconhecido! O destino, de fato, se cumpriu, mas não foi nada fácil.

No ano de 2000, ele quis abandonar a carreira. Faltavam patrocínios. Nessa hora apareceu seu “anjo da guarda”: um amigo empresário, que acreditou no seu trabalho e custeou seus gastos com passagem e hospedagem até São Paulo, onde morava a esperança do reconhecimento profissional. Agora a receita estava completa, com todos os ingredientes necessários para o sucesso de um ciclista: garra, determinação, perseverança e incentivo. O resultado não poderia ser diferente. Em 2001 ele fechou um contrato com a equipe de Santos e em 2005 passou a integrar a equipe de São José dos Campos. Hoje ele faz parte da primeira equipe profissional de ciclismo do Brasil e é conhecido mundialmente pelo apelido “The Flash”, – uma referência ao herói das histórias em quadrinho mais rápido do mundo - aquele que vem quietinho, escondido, mas passa tão rápido pelos adversários que eles nem ao menos conseguem ver.

Eles são os integrantes mais jovens da equipe de ciclismo Juventus/Semel de Cascavel. Um tem apenas 13 anos e o outro 15. Os pais, que também pedalam, foram a referência para iniciarem nesse esporte. Sentem dificuldades quanto ao preparo físico, afinal, pedalar 120 quilômetros por semana não é pra qualquer um. Fora dos treinos eles levam uma vida normal para os garotos da idade deles: se preocupam em tirar boas notas no colégio, jogam futebol e fazem curso de informática. Isso sem descuidar da alimentação. São meninos sonhadores e decididos: “quero ganhar as competições, ter um nome no ciclismo”. Em relação ao patrocínio eles são otimistas. “Está bem até. A Prefeitura está ajudando, dando os uniformes. Estou achando legal pra um esporte que não é tão reconhecido no Paraná.”

Eles têm razão. Apenas a Prefeitura, através da Secretaria de Esportes e Lazer (Semel) tem incentivado a prática do ciclismo na nossa cidade. Dário Delai é técnico da equipe Juventus/Semel há mais de dez anos e diz que não há interesse por parte das grandes empresas da região em patrocinar esses atletas. O apoio que a equipe recebe do Município é fundamental, mas ainda não é o bastante. “É um apoio para pagar a inscrição, o transporte e a alimentação. Os atletas que se destacam nas competições recebem uma ajuda de custo. Para nossa equipe despontar e aparecer nacionalmente nós precisaríamos receber três vezes o valor que recebemos hoje”.
 
Ele é Nilceu Aparecido dos Santos, 32 anos, cascavelense de coração e consagrado ciclista com mais de 80 grandes títulos na carreira. Só para citar alguns: campeão da 9 de Julho (2001), campeão do Meeting Internacional de Goiânia (2004), campeão por equipe do 20º Tour de Santa Catarina (2006), campeão da Copa da República (2007), campeão Brasileiro de Resistência (2007) e tetracampeão da Copa América de Ciclismo (2005, 2006, 2007 e 2008) – sendo a prova de 2005 a mais marcante na carreira de Nilceu. Ele conta como foi: “a competição estava se encadeando para um argentino vencer a prova. Ele estava nos últimos 800 metros e tinha 150 metros de vantagem. Ninguém do pelotão de trás acreditava que poderia alcançá-lo, mas eu acreditei. Fui perseguindo ele e nos 20 metros finais da prova eu consegui a ultrapassagem. Foi uma prova emocionante por que atletas antigos, de 50 anos atrás, que estavam assistindo a competição me falaram que nunca tinham visto uma coisa igual na vida”.


Eles são Gabriel Amâncio, 13 anos e Matheus Goebel, 15 anos. Apesar da pouca idade eles também já têm boas histórias para contar. Gabriel já treina há três anos e em 2009, conquistou o 4º lugar na 3ª Etapa do Campeonato Paranaense de Ciclismo de Ponta Grossa. Ainda no mesmo ano o garoto “prodígio” ficou com o 2º lugar na Etapa Final do Campeonato Regional de Montain Bike e o 2º lugar geral na Copa Oeste de Ciclismo.




Matheus também já subiu ao pódio. No ano passado ele garantiu o 3º lugar no Duathlon Terrestre de Cascavel, prova que o impulsionou no ciclismo. “Eu me interessei mais pelo ciclismo quando pratiquei minha primeira prova de Duathlon Terrestre, onde eu percebi que no ciclismo eu ganhei posições e acabei subindo ao pódio.” Matheus também já competiu no Campeonato Regional e apesar de não ter figurado entre os primeiros colocados ficou feliz com o resultado. “Fiquei lá atrás, mas está bom pra um iniciante”.



Mesmo com histórias, conquistas e dificuldades diferentes estes três personagens estão ligados por um sentimento comum: a paixão pelas pedaladas e a vontade de viver desse esporte. Infelizmente, isso não é suficiente para levá-los ao alto dos pódios. Apesar de não ser encarado (ainda) como um empecilho pelos meninos Gabriel e Matheus, a falta de patrocínio resulta em uma ausência de participação nas competições e sem isso o atleta não consegue se destacar. E quem diz isso não sou eu, mas sim “a voz da experiência” nesse assunto, Nilceu dos Santos. Ele ainda aponta uma possível solução: “em São Paulo todos os esportes vão pra frente porque lá as empresas que estão lícitas ao invés de destinar 1% do incentivo fiscal para o governo, elas pegam essa quantia e investem em algum esporte, adotam um esporte. Tem muita empresa grande aqui da região que podia fazer o mesmo. Eles só vão ter vantagens, por que a marca deles vai ser divulgada em vários meios de comunicação”. Essa é uma solução irritantemente fácil e simples! Cascavel não pode se limitar a ser a região do agro-negócio. Nossa terra é muito fértil e também dá vários outros frutos maravilhosos, que não devemos esquecer de cultivar.

Além da questão financeira, o ciclismo da região Oeste do Paraná parece enfrentar uma outra (e grande) dificuldade: uma espécie de preconceito com aqueles do interior. Apesar de ter alcançado o patamar mais alto do ciclismo nacional, “The Flash” ainda se sente esquecido. “A minha maior frustração é ter me dedicado todo esse tempo ao ciclismo (mais de 13 anos), com o currículo invejável que eu tenho e nunca ter participado de uma seleção para os Jogos Pan-americanos, Sul Americanos ou para um Mundial. Todo atleta tem o sonho de participar de uma Olimpíada. Não sonhamos nem em ganhar, mas só em estar lá e ser um atleta olímpico. Eu tive todo o potencial para isso. Em 2007 eu era o melhor do ranking, tinha ganhado sete competições até o Pan-americano e não participei do Pan do Brasil. Isso aí, às vezes, é desanimante. O atleta luta a vida inteira para chegar ao nível mais alto e não consegue representar o país.”

O que poderia ter motivado este fato? Deixar de lado um “monstro” do ciclismo, que com certeza traria inúmeras alegrias para toda uma nação que se nutre de esportes me parece algo impensado. Talvez falte uma percepção maior do que é esse esporte, de como os atletas se sacrificam em busca de bons resultados. É um trabalho de domingo a domingo, incluindo os feriados. São centenas (eu disse CENTENAS) de quilômetros pedalados toda semana, no menor tempo possível. A alimentação precisa ser rigorosamente controlada: rica em carboidratos e proteínas e evitando ao máximo as frituras. Sabe aquele prato suculento de batata frita com bife? Está totalmente fora do cardápio! Uma visita diária à academia para algumas horas de musculação também é necessária. Festas? Nem pensar! O corpo precisa de um tempo para se recuperar da intensa rotina de exercícios e esse tempo não pode ser gasto nas “noitadas”.

Esses atletas, muitos deles ainda meninos, têm dedicação exclusiva ao ciclismo e fazem isso simplesmente por amor! E sabe quais são as únicas coisas que eles realmente precisam para seguirem firmes nessa luta? A torcida, a vibração e o carinho das pessoas. Para eles, as dificuldades físicas e a falta de patrocínio são as coisas menos preocupantes. Precisamos aprender a reconhecer os verdadeiros heróis brasileiros, aqueles que superam o sofrimento e o cansaço inexplicáveis durante uma prova, vencendo chuva, sol, frio, descidas, subidas ou qualquer outro obstáculo que possa aparecer em seu caminho, com o desejo ardente de subir no lugar mais alto do pódio, carregando consigo toda uma cidade, um estado ou um país.

 
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